
No estado do Pará, somente no ano de 2020, em pleno contexto de pandemia da COVID-19, momento em que diversas instituições suspenderam seus atendimentos presenciais, houve o registro de 2.043 crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes, segundo dados do Registro Mensal de Atendimento (RMA/CREAS).
Como a maioria dos crimes dessa natureza ocorrem dentro da residência da vítima e costumam ser cometidos por pessoas de sua convivência (familiares, vizinhos ou amigos da família), a escola assume papel de extrema relevância ao ser um local de segurança onde a vítima costuma relatar os abusos sofridos com o objetivo de obter ajuda.
Diante deste contexto, preparamos este texto para te mostrar como utilizar a ‘TRILHA DA PROTEÇÃO” para ensinar as crianças da sua convivência sobre autoproteção a fim de que possam identificar situações abusivas e saibam como e a quem relatá-las, caso necessário. Baixe AQUI o exercício.
SAIBA COMO UTILIZAR A “TRILHA DA PROTEÇÃO”:
OBJETIVOS DO EXERCÍCIO:
- Ensinar sobre a rede de proteção (instituições), pessoas de confiança (familiares, professores, amigos), situações de perigo e como denunciá-las.
- Estabelecer canal de comunicação para que as crianças se sintam seguras ao relatarem situações suspeitas.
Obs.: Novos objetivos poderão ser trabalhados de acordo com as perguntas formuladas por quem conduz o jogo.
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
- Trilha da proteção, dados e bonecos para servir como peões.
ORIENTAÇÕES:
- O exercício pode ser executado de forma individual ou em grupo;
- Se não puder imprimir, desenhe a trilha em uma folha de papel em branco;
- Elabore 20 perguntas e respostas para utilizar durante a trilha;
- Mostre a trilha, explique as regras e faça uma breve exposição sobre o conteúdo que será abordado nas perguntas;
- Toda vez que uma “casa” tiver o logotipo do Futuro Brilhante, faça uma pergunta com duas ou três opções de resposta;
- Distribua as crianças em grupos e inicie o jogo;
- Ao final, faça uma revisão do assunto.
Texto: Diego Martins