Projeto combate índices de violência sexual contra crianças e adolescentes na Região do Tocantins

No último final de semana os voluntários Alessandra Velasco, Beatriz Almeida, Victória Torres e Diego Martins se deslocaram de carro de Belém até os municípios de Mocajuba e Cametá/PA com o objetivo de realizar duas ações de prevenção à violência sexual cometida contra crianças e adolescentes pelo projeto Futuro Brilhante que é de natureza voluntária e atualmente reúne 21 profissionais e estudantes de nível superior com o objetivo de disseminar informações para a prevenção de crimes desta natureza.

No estado do Pará, somente no ano de 2020, em pleno contexto de pandemia da COVID-19, momento em que diversas instituições suspenderam seus atendimentos presenciais, houve o registro de 2.043 crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes, segundo dados do Registro Mensal de Atendimento (RMA/CREAS).

Os municípios de Mocajuba e Cametá foram escolhidos para receberem a visita do projeto, pois eles fazem parte da região do estado do Pará (Região do Tocantins) com o maior número de casos de violência sexual cometidos contra crianças e adolescentes no ano de 2020 totalizando 318 registros de crimes dessa natureza.

Durante as ações, as crianças receberam orientações sobre autoproteção a partir da utilização da música “Nisso e Naquilo” e, após, participaram da atividade do “Semáforo do Toque” que pode ser baixada AQUI. Simultaneamente os pais das crianças foram divididos em grupos e discutiram o que fazer diante de casos concretos que costumam acontecer na localidade, tais como: gravidez na adolescência, compartilhamento de fotos íntimas em aplicativos de mensagens e comportamento sexualizado incompatível com a idade.

Ao final das atividades, 100 crianças da Escola EMEF Francisca Xavier Alves Vasconcelos, localizada na Vila Mupi, Cametá/PA e do Bairro Novo e Prachinha de Mocajuba/PA receberam kits escolares com o objetivo de estimular sua permanência no ambiente formal de ensino, pois como a maioria dos crimes dessa natureza ocorrem dentro da residência da vítima e costumam ser cometidos por pessoas de sua convivência (familiares, vizinhos ou amigos da família), a escola assume papel de extrema relevância ao ser um local de segurança onde a vítima costuma relatar os abusos sofridos com o objetivo de obter ajuda.

SAIBA COMO UTILIZAR O “SEMÁFORO DO TOQUE” NA SUA ESCOLA:

Objetivos do exercício:

  • Ensinar a nomear corretamente as partes do corpo, esclarecendo quais podem ou não ser tocadas, bem como quais pessoas podem tocá-las e em quais circunstâncias. Exemplo: dar banho, fazer um exame médico ou um curativo;
  • Estabelecer canal de comunicação para que as crianças se sintam seguras ao relatarem situações suspeitas.

Materiais necessários:

  • Folha de papel, lápis de cor ou giz de cera nas cores verde, amarelo e vermelho.

Orientações:

  • O exercício pode ser executado de forma individual ou em grupo;
  • Se não puder imprimir, desenhe os bonecos em uma folha de papel em branco;
  • Mostre o desenho, nomeie as partes do corpo corretamente e estimule a conversa sobre quais podem ou não ser tocadas;
  • Explique o significado das cores (verde = pode; amarelo = atenção; vermelho = proibido)
  • Distribua as folhas de papel e o material de pintura. Peça que as crianças pintem o desenho de acordo com o significado das cores;
  • Ao final, faça uma revisão do assunto utilizando um desenho já pintado.

Para mais informações, entre em contato conosco pelos seguintes canais:

Whatsapp: (91) 99214-2537

Instagram: @futuro.brilhante

Site: futurobrilhante.net.br

 

Texto: Diego Martins

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